domingo, 13 de março de 2011

Máximo do Mínimo

Parece que mínimo é a palavra chave da educação brasileira. Após décadas de mínima qualidade, mínima capacitação dos professores e mínimos salários, agora temos o Currículo Mínimo. Ele faz parte do novo Programa de Educação do Estado, lançado no início do ano letivo de 2011 pela Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC).

Anunciado em janeiro pelo secretário de Educação do estado do Rio de Janeiro, Wilson Risolia, o Currículo Mínimo possui seis disciplinas (Língua Portuguesa/Literatura; Matemática; História; Geografia, Sociologia e Filosofia). Com isso, espera-se cumprir os objetivos da educação básica.

Para Beatriz Pelosi, diretora de Pesquisa e Orientação Curricular da SEEDUC, o Currículo Mínimo tem como objetivo contemplar o aluno com conhecimentos importantes para que ele esteja preparado para o mundo do trabalho, do estudo universitário e para a vida. O Currículo Mínimo também prepara o aluno para avaliações como a Prova Brasil e o Enem", afirma Beatriz.

Equipes disciplinares de professores da rede estadual conceberam a redação e revisão dos livretos que estão à disposição das equipes pedagógicas nas escolas. No etanto, o Currículo Mínimo não define métodos, materiais didáticos ou formatos. O que se espera com ele,são resultados. Mas quem os garante?

As escolas públicas do Rio de Janeiro, assim como em todo o país, carecem de estruturas físicas e profissionais. Portanto, de nada adiante ter um currículo que estabeça aulas de Filosofia, por exemplo, quando não há professores de Filosofia nas escolas.

O Currículo Mínimo, no mínimo, é uma boa idéia. Mas para que se obtenha o máximo de bons resultados dele, é necessário o máximo de fiscalização, o mínimo de corrupção, o máximo de vontade política e o mínimo de descaso. Só assim se obterá o máximo do mínimo para garantir a qualidade daquilo que sustenta um país desenvolvido: a Educação.

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