domingo, 1 de agosto de 2010

Esquema de corrupção na UFRJ

O aluno, que por diversos motivos, tiver sua matrícula trancada automaticamente no Departamento de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pode considerar o fato definitivo ou não. Tudo depende de quanto ele está disposto a pagar. Oficialmente, o trancamento é definitivo, ou seja, o aluno está jubilado. Mas se ele pagar propina, as coisas podem se resolver.
Segundo uma fonte, o preço cobrado para transformar o trancamento automático definitivo em um simples trancamento de semestre, no barato, varia de R$ 300,00 a R$ 250,00. Ainda de acordo com a fonte, esta indústria vigora desde 2008, quando as secretarias dos departamentos perderam a autonomia para definir sobre processos de jubilamento. O que antes se podia resolver com pedidos de estudantes se comprometendo em cumprir os períodos e os créditos corretamente, hoje já não ocorre mais.
O episódio coloca em cheque a credibilidade da universidade mais antiga do Brasil. Um país já tão carente de uma educação de qualidade, mas rico em casos de corrupção. O sucateamento da universidade parece se dar em todos os setores . Depois da falta de professores e infraestrutura para que o aluno complete seu curso na mais adequada situação, ainda vem a ausência de ética.
O governo Lula foi marcado pela possibilidade ampla de se chegar à universidade. Com o PROUNI, mais pessoa podem fazer um curso superior, mas resta saber a qualidade desses cursos. E o cuidado não deve ser somente em relação às faculdades privadas, mas acima de tudo, em relação à instituição que se tornou a universidade pública. Se há casos de corrupção dentro da UFRJ, o que mais esperar da qualidade do ensino no país?


Dilceia Norberto

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